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O QUE SENTIMOS PODE SER FALADO.

quarta-feira, 6 de junho de 2012








A CRISE DO FEMININO.


Quer seja como Medéia, Venus, Helena, Medusa ou Hera, Elize ao matar o marido reafirma os principios de um sociedade bélica,violenta e masculina. O está em crise nesta sociedade, é o feminino que representa a amorosidade, a gentileza, a compaixão, a amizade, o amor, a delicadeza, a dedicação que une uns aos outros. A feminilidade assim representada, morre e desaparece a cada dia. A sociedade atual é eminentemente masculina.
PODEROSA ELIZE.

Serrote e martelo são os mais novos presentes que estão sendo pedidos em chá de panela. Depois de ter matado e picado o marido, a super poderosa atiradora e enfermeira, disse que assim o fez porque queria lançar um novo produto no mercado: CANJIQUINHA YOKI COM CARNE MOIDA.

Elize contou que o que a inspirou a criar este novo produto: marido com canjiquinha, fora o numero de vezes que assistiu o filme Tomates verdes fritos, de Jon Avnet. Crime passional é coisa de homem, o que caracteriza a iniciativa de Elize foi seu desejo de ter dentro dela pedaços, partes do marido que tanto amava/odiava.

Ela já foi procurada por uma grife de malas, serrotes e material de construção que pensam em criar produtos com seu nome: MALAS ELIZE, NELAS SEU MARIDO CABERÁ SEM PROBLEMAS. Feitas com legitimo couro de cobra e alças de crocodilo, as malas Elize são fáceis de transportar.

Depois que resolver as pendengas jurídicas, Elize tem um projeto com o jornalista Pimenta Neves. Eles querem criar um BBB, só com integrantes de crimes passionais.

As mulheres conquistam mais uma posição nas reivindicações de igualdade entre os gêneros, quando Elize se tornou a algoz do crime, e não a vitima. Poderosa essa mulher. As teorias sobre o crime passional deverão passar por uma revisão. O autraliano Pollock, que escreveu When Men Kill: scenarios of masculine violence, está em dissonância cognitiva, pois o que ele descreve como sendo para o homem, Elize roubou a cena, e se aplica a ela também.

Uma delegacia para combater a violência contra os homens, ficou mal vista pelos inseguros, que julgaram esta iniciativa como coisa de boiola.

SN

sábado, 3 de dezembro de 2011

 GUERNICA é o nome da cidade espanhola que foi bombardeada pelos nazistas (1937). Este fato levou Picasso a pintar a tela que levou seu nome. Nela, corpos esquartejados foram pintados, retratando assim o ocorrido. 

O ódio acompanha as sociedades durante muitos anos, sempre existiu. Saber disto é fundamental para que ele possa ser mantido dentro o sujeito que o incita, e não se alastrar.

O blog que vocês terão oportunidade de ver INCITA a violência contra a mulher e outras pessoas que os seus autores assim desejam. DEVE SER DENUNCIADO.

Porém, se vocês forem ler os comentários, perceberão dimensões humanas, que uma vez postas em ação, tem por objeto o prazer de ver o esquartejameto do outro. Há quem tem prazer com isto, e usa diferentes ardis para consegui-lo. Seja este outro a mulher, ou qualquer um a quem o ódio seja dirigido.

Este tipo de escárnio que vem sob a forma de "site", busca angariar simpatizantes e está presente sob as mais diferentes maneiras no nosso cotidiano.

Se queremos contribuir para construção de uma sociedade na qual este tipo de iniciativa deixe de existir, é preciso DENUNCIA- LA e coibir sua existência.

Se o "blog" tem como autor SILVIO KOERICH, se esse nome está sendo usado por terceiros, é algo a ser investigado. Porém, os textos que lá foram colocados, foram feitos por alguém que tem acesso a informação, sabe processa-la e MANIPULA-LA de acordo com seus interesses. Inclusive os autores dos livros que foram recomendados por eles, se explicam dizendo que nada tem a ver com as idéias lá colocadas.

A MANIPULAÇÃO da informação, seu processamento e apresentação de conteúdo de acordo com o interesse de quem faz isto, esconde a intenção daquele (s) que fez o "blog", que busca esconde-se atras da emoção que faz o leitor sentir quando se depara com o que foi escrito. É preciso não se deixar cair nesta armadilha ( fácil ) da informação manipulada, pois o interesse de quem assim o faz não está tão explicito, quanto os texto que o fará ser denunciado.

O ENDEREÇO do "blog" : www.silviokoerich.com

POLICIA FEDERAL: denuncia.ddh@dpf.gov.br

( cybercrimes - pornografia infantil/ crimes de ódio/ genocídio/ tráfico de pessoas )

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011






A natureza é mais complacente com nossas invenções, do que estas ultimas com ela. A natureza integra feito pintura, o que a ela não pertence, cobrindo com um véu o que tenta dela se afastar.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

SEXO




Sexo é o assunto que agrega homens heterossexuais e homossexuais. Sexo torna os homens iguais independente da orientação sexual que tenham. No ocidente, o sexo tem sido uma presença constante na vida dos homens, porque através dele um homem se reconhece como tal, a ponto de acreditar que o que o diferencia de uma mulher é o apetite que ele tem em relação ao sexo. Se observarmos as mídias dirigidas ao publico masculino, veremos que o apelo sexual transborda, e para tanto, belas mulheres e homens sarados são usados como destaque para chamar atenção tanto do público heterossexual, quanto homossexual.

Nesta cultura, um homem aprende que o sexo deverá ser sua pátria e língua. Ele é levado a acreditar que ao falar este idioma saberá que está vivo, independente de sua orientação sexual. Para os homens, o sexo determina um cenário de busca, através do qual ele imagina que confirmará quem seja, ou ainda, definirá o que não tem certeza sobre si mesmo. O desejo sexual é fantasia que busca concretização no ato. Se por um lado aproxima pessoas, por outro as afasta. Haja vista que, a fantasia se desfaz depois que o ato se consuma.

Certa vez me disseram: “os homens são visuais e as imagens lhes servem para escolher com quem farão sexo.” As imagens orientam os homens a serem assertivos sexualmente. A beleza e a juventude, atraem os olhos que procuram os melhores seios, coxas e bundas, mergulhando-os no tesão por objetos. Depender de clichês para se excitar, é o mesmo que desejar o que foi condenado a querer. Muitos homens acreditam que a liberdade está em se satisfazer com o que os excita, mas viver excitado é um vicio que limita o prazer de existir. Livre é aquele que inventa mundos, sonha seu próprio sonho e não o que lhe determinaram sonhar. O prazer pelo prazer, pode transformar o sexo em uma masturbação 3D.

Para um homem, o sexo também representa o que ele não sabe que existe em si mesmo, mas que tenta calar através da voracidade sexual. Quando não sabe o que o inquieta, usa o sexo para aliviá-lo e aplacar sua angustia, descrita pelos franceses como uma pequena morte.
 
Quando sentimos fome ou sede não precisamos de imagens para nos lembrar disto. Sabemos que estamos com fome por meio da excitação in natura. “Como ela é gostosa”, ou “como ele é gostoso”, são designações comumente usadas para limitar a experiência de ser homem no mundo. Fazer sexo com uma mulher ou com um homem, é mais do que comê-los como se fossem pratos de feijão bem temperado. Sexo com muitas parceiras, ou parceiros, é fast food.

O coração pulsa, os pulmões se enchem de ar, sem lançar mão de imagens para fazê-los funcionar. Tomar o sexo como pátria, é distorcê-lo para que sirva àquele que depende dele para sentir-se vivo. Há os que usam este artifício para tomar consciência da própria existência, como se precisassem estar excitados para sentirem-se vivos.

A linguagem sexual identifica um homem a outro, através da crença em uma identidade estereotipada a qual se ajusta, quer seja ele heterossexual ou homossexual. Como isto não é possível, a imagem do homem bem sucedido, ávido sexualmente e poderoso, é criada para materializar esta ilusão. Quando um homem não sabe qual é o seu valor, compra para si a imagem de homem que lhe é vendida por aí, tornando-se dócil, um bom menino em relação a ela.

O sexo dependente da excitação, mas não se reduz a ela. Reduzir o sexo a excitação, é mantê-lo atrelado a ereção, a impotência, a ejaculação precoce, que o dinheiro, o consumo e o poder tentam aplacar. Sexo é literatura, através do qual palavras esperam para serem inventadas, mundos para serem desfeitos e criados, historias para serem vividas. Para tanto, é preciso ter coragem de viver a própria vida, sob o risco de fazê-la definhar no medo e na covardia que a pornografia esconde.

SN, rio 2011.