tag:blogger.com,1999:blog-3610623186060367735.post1928034893002129187..comments2023-08-25T02:13:32.878-07:00Comments on Primeiro Sexo: PAI, POR QUE NÃO TE ABANDONEI MAIS CEDO?Sócrates Nolascohttp://www.blogger.com/profile/13881573437475163854noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-3610623186060367735.post-60212475064144807752009-10-20T16:14:22.578-07:002009-10-20T16:14:22.578-07:00Caro Fernando,
Desculpe nao ter podido responder ...Caro Fernando,<br /><br />Desculpe nao ter podido responder seu comentario antes. Fico feliz em podermos continuar a conversa que começamos no programa.<br /><br />Seu padrasto perdeu uma possibilidade impar na vida de um homem: acompanhar o crescimento de um menino. Foi ele quem abdicou desta experiencia de crescimento e transformaçao, possivelmente ela teria feito dele um homem melhor. Mas isso nao é para todos.<br /><br />Muitos homens quando se tormam pai pela primeira vez, sao compelidos a fazer acertos na relaçao que tinham com seu pai. Nem sempre é uma experiencia facil, ainda mais que as reflexoes que emergem dai sao solitarias.<br /><br />Este menino tem sorte de ter te encontrado. Alguem que valoriza o vinculo entre duas pessoas e o compromisso que ambos passam a ter um com o outro. Os canadenses custuam dizer que quando o pai falta, o filho manca. A liberdade se adquire em uma experiencia sem pudores, sem temor de nos deparar com nos mesmos. Ser livre é poder fazer e assumir escolhas.<br /><br />Um grande abraço, voce pode estar certo de que esta fazendo a diferença. <br /><br />Podemos ser homens melhores, estou certo disso. Mas nao sem trabalho diario. <br /><br />O afeto é um combustivel usado para construir relacoes de parceria e cumplicida. Nosso destino enquanto pai é sermos superados pelos nossos filhos. Isso acontece se fizemos bem nosso trabalho.<br />A <br />MutosSócrates Nolascohttps://www.blogger.com/profile/13881573437475163854noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3610623186060367735.post-12543795673255802922009-10-10T04:02:11.154-07:002009-10-10T04:02:11.154-07:00Sócrates, fui eu quem te fez aquela pergunta no úl...Sócrates, fui eu quem te fez aquela pergunta no último programa da MultiRio em que você participou. Falei da influência que seu livro teve na modificação da minha visão sobre o que compreendo de mim mesmo no sentido do que seja ser "masculino". Te fiz uma pergunta no ar citando seu excelente livro "O MITO DA MASCULINIDADE" e disse que tentei aplicar isso no meu casamento que não deu certo. Uma bobagem, claro. Estas idéias não são para aplicar mas para gerar uma reflexão, o que foi muito positivo para que eu pudesse compreender uma nova forma de olhar para o "masculino" na nossa sociedade, além de saciar certas dúvidas que me perseguiam quanto aos "porquÊs" de certas imposições de comportamentos masculinos. Penso que independente de gênero devemos acima de tudo estarmos abertos ao diálogo e ao questionamento dos modelos de comportamentos impostos e, claro, levando em consideração a história particular de cada um. Quanto ao relato anterior, suponho que eu esteja passando por uma situação um pouco similar ao que foi colocado. Me casei novamente e estou tendo a oportunidade de criar juntamente com minha nova esposa o filho dela do segundo casamento, de 8 anos de idade, o que tem sido uma experiência estimulante para mim no sentido de que eu, na mesma idade deste garoto, conviví muito com meu padrasto (não conhecí meu pai, ele faleceu quando eu tinha um mÊs de idade). Meu padrasto era muito frio, distante e ciumento e estou podendo colocar em prática na relação com meu "enteado" (detesto essa palavra) o inverso do tipo de relação que tive com meu padrasto. Tenho sido uma pessoa muito ligada ao garoto tanto no aspecto do incentivo, de se passar posturas éticas e morais (as quais acredito que tenham validade, claro) quanto no aspecto afetivo. Diferentemente da relação com meu padrasto, com "meu" garoto eu tenho uma relação de profunda liberdade de aproximação, de carinho, de abraço, de dizer "eu te amo" livremente sem pudores. Creio que iste esteja sendo muito bom para mim que posso exercitar sentimentalmente o oposto do que não tive com meu padrasto (agora no papel mesmo de padrasto) e ao mesmo tempo passar ao garoto o carinho, o afeto, o amor e a disciplina necessárias para que ele cresça com uma base emocional mais sólida. A vida nos coloca em determinadas situações as quais nos vemos de repente na situação inversa do que vivemos na infância, porém, como as experiências desta fase da vida são marcantes, podemos avaliar, pesar, ponderar e procurar agir de modo que as insatisfações que tivemos não ocorram novamente, agora que estamos no papel inverso. A experiência diária comparada constantemente ao passado é um grande acréscimo de experiência. Eu não tive a experiência de conviver com meu pai por uma fatalidade, conviví com meu padrasto que não me supriu afetivamente como pai e agora estou tendo a oportunidade de conviver com um garoto cujo pai está longe e pouco telefona para ele e estou agindo justamente no sentido oposto do que o meu padrasto agiu comigo. Eu me satisfaço porque ao pensar, agir e sentir dessa forma eu equilibro a balança do desconforto gerado pela falta de afetividade do meu padrasto e ao mesmo tempo reconheço na resposta positiva e afetiva da criança o que eu gostaria de ter sentido e não tive na relação com meu padrasto. <br /><br />Grande abraço, no aguarde do seu novo livro<br /><br />Fernando CezarFernando Terrahttps://www.blogger.com/profile/07870798328526685010noreply@blogger.com